Raquete para adultos: como escolher?

A escolha do modelo de raquete é uma decisão de grande importância para todo tenista, seja para os iniciantes ou para os mais avançados. As opções são muitas, e se deparar com tantos modelos diferentes nas lojas físicas ou nos sites pode deixar o comprador confuso. Qual tamanho de empunhadura devo escolher? E o peso, compro mais leve ou mais pesada? Com o peso concentrado na cabeça ou no cabo da raquete? Quero controlar melhor ou gerar mais potência na bola?
Tudo isso e um pouco mais deve ser levado em consideração e analisado com calma antes da escolha final. Decidir apressadamente escolhendo a raquete pela beleza ou por ser a utilizada pelo seu jogador favorito pode causar frustrações na quadra, lesões e necessidade de mudança do equipamento.
Para uma raquete ser aceita oficialmente numa partida de tênis, ela deve estar dentro dos parâmetros estabelecidos na Regra 4 do Regulamento Oficial da Federação Internacional de Tênis (ITF). Com o desenvolvimento do equipamento e evolução do jogo, as regras relacionadas à raquete também foram modificadas ao longo do tempo, como podemos ver neste histórico oficial da ITF.
Antes de pensarmos na raquete, temos que ter claras as características do jogador; idade, tamanho, força, nível e características de jogo são informações fundamentais para escolher o modelo adequado.
Após definir essas características, o jogador conseguirá saber em qual grupo de raquetes ele deve procurar a sua. De forma geral, elas são classificadas em três grandes grupos:

Como pudemos perceber, as opções de raquetes, de forma geral, são projetadas para favorecer o ganho de potência ou de controle nas batidas, podendo ser fabricadas buscando potencializar uma dessas características ou encontrar equilíbrio entre elas. Vejamos agora como cada característica específica da raquete influencia no seu jogo:
I. Empunhadura: a grossura do cabo deve ser compatível com o tamanho da mão do tenista — isso é muito importante para que ele consiga golpear com eficiência e conforto. Raquetes finas ou grossas demais prejudicam o desempenho e podem provocar lesões. As empunhaduras são classificadas em L0 (4”), L1 (4 1/8”), L2 (4 1/4”), L3 (4 3/8”), L4 (4 1/2”) ou L5 (4 5/8”). Uma forma simples de verificar se o tamanho da empunhadura está correto é segurar a raquete com a mão dominante e perceber se existe espaço suficiente para encaixar o dedo indicador da outra mão no espaço vazio entre os dedos e a mão que seguram a raquete.

II. Comprimento: como vimos na tabela do artigo sobre as raquetes infantis , os modelos de raquetes para adultos possuem, no mínimo, 27”. Existem também raquetes mais cumpridas, de 28” e 29” (limite na regra oficial), utilizadas por tenistas que querem ter maior alcance e gerar mais potência nas batidas — mas atenção: o controle fica mais difícil, assim como o manuseio da raquete.

III. Tamanho da cabeça: a área da cabeça da raquete pode variar entre 85” e 135”. Quanto menor a área, melhor será o controle e a precisão das batidas; e quanto maior a área, maior será a potência e a área disponível para acertar a bola. Tenistas iniciantes costumam preferir as raquetes com cabeças maiores, com as quais acertam mais facilmente a bola e geram maior potência, ao contrário dos avançados, que jogam com raquetes com cabeça pequena ou média.

IV. Peso e equilíbrio: o peso da raquete deve ser compatível com a estrutura física e a força do tenista, para que não cause desconforto, cansaço ou lesões no praticante. Quanto mais pesada, maior será a potência gerada e menor será a vibração da raquete. Porém, além do peso, o local da raquete onde a maior parte dele está distribuído faz uma enorme diferença no resultado das batidas. Quanto mais concentrado na cabeça o peso estiver, maior será a potência da batida; e quanto mais concentrado no cabo o peso estiver, maior será o controle. Jogadores avançados costumam escolher raquetes mais pesadas com mais peso no cabo, ao contrário dos iniciantes, que preferem raquetes mais leves e com o peso na cabeça da raquete. As raquetes são classificadas da seguinte forma de acordo com o peso:

• Raquete leve: menor que 270 g
• Raquete com peso médio: entre 270 e 300 g
• Raquete pesada: maior que 300 g

V. Padrão de encordoamento: indica a quantidade de passagens de corda nos sentidos horizontal e vertical da raquete. É descrito por uma sequência de dois números, sendo o primeiro em relação à quantidade de cordas no sentido vertical e o segundo no sentido horizontal. Padrões de corda mais abertos (ex.: 16 x 18) facilitam a geração de força e spin nas batidas; já os padrões de corda mais densos (ex.: 18 x 20) facilitam o controle e têm durabilidade maior. Alguns modelos mais novos estão sendo desenvolvidos com a possibilidade de o jogador alterar o padrão de encordoamento de acordo com a sua preferência.

Os fabricantes têm elevado cada vez mais a qualidade e o nível de tecnologia das raquetes, tentando potencializar ao máximo as suas características para que consigam favorecer o desempenho (potência e controle) e o conforto dos tenistas. Para isso, utilizam novos materiais em suas composições, criam sistemas que absorvem e dissipam parte do impacto antes que o jogador o sinta, melhoram a aerodinâmica dos aros e criam diferentes modelos para todas as preferências. Neste guia você poderá conhecer as composições de materiais e diferentes tecnologias utilizadas pelas principais marcas do mercado de raquetes.

Antes de comprar uma raquete nova é recomendável que consiga testá-la, para confirmar se realmente gostará do modelo e se o investimento valerá a pena. Algumas lojas possuem modelos de demonstração para que o cliente possa fazer o teste. Pedir emprestado para um amigo que tenha o modelo desejado também pode ser uma boa alternativa. E, claro, conte sempre com a orientação do seu professor/treinador e de bons lojistas especializados no assunto. Boa escolha e bons jogos!

16 de agosto de 2017 | Categoria: Tênis

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